O Nasdaq e o S&P 500 encerraram as negociações de segunda-feira na "zona verde", recuperando algumas de suas perdas anteriores. Os investidores voltaram sua atenção para a chamada de lucros da Nvidia (NVDA.O), enquanto as ações da Tesla (TSLA.O) subiram acentuadamente devido às expectativas de mudanças favoráveis na política do novo governo Trump.
A Nvidia deve divulgar os resultados financeiros do terceiro trimestre na quarta-feira, com os investidores aguardando respostas para uma questão fundamental: se a forte demanda por chips continua e se a euforia da IA que impulsionou o crescimento este ano está sustentando o mercado.
A empresa, que foi responsável por cerca de 20% dos lucros do S&P 500 nos últimos 12 meses, deve registrar um crescimento de 25% no lucro por ação no terceiro trimestre, de acordo com analistas do BofA Global Research. No entanto, as ações da Nvidia caíram 1,3% após relatos de superaquecimento de novos chips de IA em sistemas de servidor.
"A Nvidia é a última das Sete Magníficas a divulgar os resultados trimestrais.Embora estejamos vendo a receita e os juros aumentarem, o nível atual de expectativas não é tão alto quanto era há um ou dois trimestres", disse Carol Schleif, diretora de investimentos da BMO Family Office.
As ações da Tesla dispararam, refletindo o sentimento positivo do mercado em relação a possíveis mudanças de políticas associadas ao novo governo.Esse crescimento ressalta o desejo dos investidores de aproveitar as oportunidades em um ambiente em rápida mudança.
O sentimento em torno da Nvidia e da Tesla nos próximos dias pode se tornar um indicador da direção futura do mercado, que promete muitas surpresas para os investidores.
As negociações no mercado acionário dos EUA na segunda-feira terminaram com uma dinâmica mista dos principais índices. O Dow Jones Industrial Average (.DJI) perdeu 55,39 pontos (-0,13%) para terminar em 43.389,60. Ao mesmo tempo, o S&P 500 (.SPX) adicionou 23,00 pontos (+0,39%) para terminar em 5.893,62, e o Nasdaq Composite (.IXIC) subiu 111,69 pontos (+0,60%) para terminar em 18.791,81.
O setor de energia (.SPNY) liderou o S&P 500, subindo 1,05%. As ações do setor de consumo discricionário (.SPLRCD) seguiram o exemplo, com alta de 1,04%. A Tesla esteve no centro das atenções, com as ações saltando 5,6% após o relatório da Bloomberg.
Segundo informações, a equipe de transição de Donald Trump está considerando flexibilizar as regulamentações sobre carros autônomos, alimentando o interesse dos investidores.
Enquanto isso, os setores industriais (.SPLRCI) estavam entre os mais atrasados, registrando as maiores quedas entre os setores.
Em notáveis notícias corporativas, as ações da CVS Health (CVS.N) subiram 5,4%. O salto foi resultado do anúncio da empresa de que expandiria sua diretoria com a inclusão de quatro novos membros, como parte de um acordo com a Glenview Capital Management.
Carol Schleiff, diretora de investimentos do BMO Family Office, disse: "Pode haver uma volatilidade significativa em alguns setores no momento, até que tenhamos mais detalhes sobre as decisões da nova equipe de Trump, o que é esperado para o final deste mês."
Apesar de uma correção após a forte recuperação pós-eleitoral, o sentimento em Wall Street continua positivo.
O ano de 2024 está chegando ao fim, demonstrando a resiliência do mercado de ações dos EUA, embora sua direção futura dependa de decisões políticas e de novos fatores macroeconômicos.
Os índices de ações dos EUA encerraram a semana passada com as maiores perdas dos últimos dois meses. Os investidores estão preocupados com a desaceleração do ritmo de flexibilização do Federal Reserve, bem como com a incerteza em torno das nomeações de Donald Trump para seu governo.
O início da semana coincidiu com uma ativa temporada de compras de fim de ano, o que muda o foco do mercado para as maiores empresas de varejo. Walmart (WMT.N), Lowe's Companies (LOW.N) e Target (TGT.N) estão se preparando para divulgar seus resultados, que se tornarão um indicador do estado da demanda do consumidor americano.
Na Bolsa de Valores de Nova York, os ganhadores superaram os perdedores em 1,71 para 1, com 159 novas máximas anuais e 88 novas mínimas anuais.
Na Nasdaq, o quadro foi equilibrado, com 2.158 compradores e 2.150 compradores. O S&P 500 registrou 29 novas máximas anuais e 13 novas mínimas anuais, enquanto o Nasdaq Composite registrou 69 novas máximas anuais e 265 novas mínimas anuais.
O volume de negociação nas bolsas dos EUA totalizou 14,94 bilhões de ações, superando a média de 20 dias de 14,12 bilhões. Essa atividade indica que os traders estão prestando muita atenção aos eventos do mercado.
Os mercados globais foram positivos na segunda-feira, com as ações subindo e o dólar americano caindo, embora continue perto de seus picos anuais. Os investidores moderaram as expectativas sobre a próxima ação do Federal Reserve, aliviando parte da pressão sobre a moeda.
A temporada de festas de fim de ano está chegando, e espera-se que seu resultado acrescente clareza ao quadro geral da economia dos EUA.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, está ocupado com a formação de sua equipe, preenchendo cargos importantes nas áreas de saúde e defesa. No entanto, as principais nomeações para os mercados financeiros - o Secretário do Tesouro e o Representante de Comércio - permanecem em aberto, aumentando a incerteza das perspectivas.
A expectativa é que o novo governo Trump se concentre em duas prioridades: cortes de impostos e tarifas mais altas. Os economistas dizem que essas medidas podem desencadear uma inflação mais alta, limitando a capacidade do Federal Reserve de reduzir as taxas de juros.
O mercado de rendimento do Tesouro dos EUA viu os rendimentos caírem em meio ao aumento da volatilidade. A nota de referência de 10 anos perdeu 1 ponto-base, para 4,416%.
"O rendimento de 10 anos reflete as preocupações com o orçamento e o déficit e sinaliza os riscos de inflação subjacentes se novas tarifas forem impostas", disse Wasif Latif, presidente e diretor de investimentos da Sarmaya Partners.
A estrutura e a escala das tarifas que o novo governo pode iniciar têm potencial inflacionário, de acordo com Latif. "O mercado de títulos está enviando um sinal claro. O mercado de ações pode ter feito uma pausa na semana passada, mas hoje parece estar novamente em uma onda de otimismo", disse ele.
Os investidores continuam a equilibrar o otimismo em relação às medidas de estímulo econômico com as preocupações de que novas tarifas e o aumento da inflação possam complicar a política monetária do Fed. Nas próximas semanas, a atenção se concentrará no preenchimento de cargos importantes e nos detalhes da estratégia econômica do governo Trump.
Os mercados acionários europeus encerraram o dia em baixa, liderados pela fraqueza dos setores imobiliário e de serviços públicos. O índice pan-europeu STOXX 600 (.STOXX) perdeu 0,06%, refletindo um clima cauteloso dos investidores.
O sentimento foi mais positivo nos mercados globais, com o MSCI World Index (.MIWD00000PUS), que acompanha ações de todo o mundo, subindo 0,35%, para 845,60. Os lucros da Nvidia (NVDA.O) na quarta-feira continuam em foco.
Os analistas esperam um forte crescimento da receita da empresa, que continua a dominar o espaço de chips de IA. As ações da Nvidia quase triplicaram este ano, tornando-se um dos principais impulsionadores das altas recordes do S&P 500.
O dólar dos EUA subiu 0,29% em relação ao iene japonês, para 154,605. No entanto, o índice do dólar, que mede o dólar em relação às seis principais moedas, caiu 0,51%, para 106,19. Apesar do declínio, a moeda permanece perto de sua maior alta de um ano, de 107,07, refletindo a força geral da economia dos EUA.
Os preços do petróleo registraram um aumento significativo após a notícia da suspensão da produção no maior campo Johan Sverdrup da Noruega.
Os preços futuros do petróleo bruto Brent fecharam em US$ 73,30 por barril, com alta de 3,2%. Da mesma forma, o petróleo WTI também subiu 3,2%, fechando em US$ 69,16 por barril.
Os investidores estão aguardando ansiosamente os relatórios de lucros da Nvidia e de outras gigantes da tecnologia, que podem definir o tom da dinâmica futura do mercado. O setor de petróleo continua a reagir a eventos geopolíticos, enquanto os investidores em moeda estarão atentos às sugestões do Federal Reserve.
Os preços do ouro se recuperaram após seis dias consecutivos de quedas. O ouro à vista subiu 1,93%, para US$ 2.610,73 a onça, enquanto os contratos futuros de ouro dos E.U.A. subiram 1,7%, para US$ 2.614,60. O enfraquecimento do dólar dos E.U.A. foi o principal impulsionador dos ganhos do metal precioso.
"Os mercados devem ficar mais estáveis esta semana, com a desaceleração do fluxo de notícias macroeconômicas e políticas dos EUA", disse Jim Reed, chefe de economia global e pesquisa temática do Deutsche Bank. A agenda continua a se concentrar na nomeação de figuras-chave na nova administração de Donald Trump.
O Goldman Sachs atualizou sua previsão para o S&P 500 (.SPX), esperando que ele atinja 6.500 no final de 2025. Essa meta implica um crescimento de 10,3% em relação ao valor atual do índice, que fechou em 5.893,62.
O Morgan Stanley fez uma previsão semelhante, sugerindo que o S&P 500 atingirá o mesmo nível até o final do próximo ano. O banco baseia suas expectativas na melhoria dos lucros corporativos, na flexibilização da política de taxas de juros do Federal Reserve em 2024 e no fortalecimento do ciclo de negócios.
O Goldman Sachs enfatiza que os principais impulsionadores do crescimento do índice são as empresas dos chamados "Sete Magníficos". São elas: Amazon, Apple, Alphabet, Meta (proibida na Rússia), Microsoft, Nvidia e Tesla. Os especialistas estão confiantes de que esses gigantes terão um desempenho superior ao das outras 493 empresas do S&P 500 em 2024.
A estabilização do mercado de ouro, o otimismo sobre o crescimento do índice de ações e a flexibilização da política do Fed no próximo ano criam a base para condições favoráveis. Entretanto, os mercados continuam sensíveis a qualquer novo evento macroeconômico e político que possa mudar a trajetória atual.
As ações dos gigantes da tecnologia, conhecidos como os "Sete Magníficos", mantêm sua liderança, mas sua diferença em relação ao restante do índice S&P 500 diminuirá para 7 pontos percentuais, a menor dos últimos sete anos, concluiu o Goldman Sachs em uma nota de pesquisa publicada na segunda-feira.
"Embora os fortes resultados financeiros dessas empresas sustentem seu desempenho superior, o impacto de fatores macroeconômicos, como a política comercial e as taxas de crescimento econômico, fortalece a posição das outras 493 empresas do S&P 500", enfatizaram os analistas do Goldman.
As previsões da empresa incluem um crescimento de 11% nos lucros corporativos e um aumento de 2,5% no PIB real dos EUA até 2025.
O Goldman Sachs também alertou que o mercado de ações dos EUA poderia enfrentar sérios riscos em 2025. Entre eles estão a possível introdução de novas tarifas e o aumento dos rendimentos dos títulos, o que poderia pressionar as ações.
Por outro lado, uma política fiscal mais acomodatícia ou medidas favoráveis do Federal Reserve poderiam estimular um maior crescimento.
A vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA trouxe clareza às principais direções de seu programa econômico. Cortes de impostos e aumento de tarifas são as principais promessas que, segundo os especialistas, podem acelerar a inflação e limitar a margem de manobra do Fed com relação às taxas de juros.
O Goldman espera que os lucros por ação do S&P 500 aumentem para US$ 268 até 2025. Esse valor reflete uma visão positiva, porém cautelosa, das perspectivas de lucros corporativos, dadas as possíveis mudanças macroeconômicas e os riscos políticos.
Os investidores estão monitorando de perto a dinâmica do mercado, tentando encontrar um equilíbrio entre as oportunidades apresentadas pelos gigantes da tecnologia e os riscos associados às mudanças nas políticas econômicas e comerciais. Há um caminho difícil pela frente, no qual é importante considerar tanto os fatores locais quanto os globais.
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