A estrutura de ondas no gráfico de 4 horas do par EUR/USD transformou-se em uma formação de alta. Acredito que não restam muitas dúvidas de que essa mudança se deve inteiramente à nova política comercial dos Estados Unidos. Até 28 de fevereiro — quando começou a forte desvalorização do dólar — toda a estrutura de ondas apresentava uma tendência de baixa convincente, compondo a onda corretiva 2. No entanto, os anúncios semanais de tarifas por parte do então presidente Donald Trump cobraram seu preço. A demanda pelo dólar americano caiu rapidamente e, agora, todo o segmento de tendência iniciado em 13 de janeiro ganhou contornos de uma onda impulsiva de alta.
Além disso, o mercado nem sequer conseguiu formar uma onda 2 clara dentro desse novo segmento. O que vimos foi apenas um recuo modesto, inferior às correções dentro da própria onda 1. A menos que Trump reverta completamente sua política comercial, a desvalorização do dólar americano pode continuar. Já observamos um caso em que o fluxo de notícias alterou toda a estrutura de ondas — e não seria surpresa se isso ocorresse novamente.
Na segunda-feira, o par EUR/USD subiu 50 pontos-base. A amplitude dos movimentos antes da abertura dos mercados nos EUA foi relativamente baixa, mas oscilações mais acentuadas ainda podem ocorrer antes do fim do dia. Curiosamente, a sessão de hoje não começou com o PMI de serviços do ISM — e sim com mais um anúncio inusitado de Trump. Desta vez, a "libertação da América" teve como alvo a indústria cinematográfica. O presidente decidiu impor uma tarifa de importação de 100% sobre filmes.
Pode-se perguntar: o que significa importar filmes? A lógica de Trump é simples — para ele, todo filme gravado em solo americano é um "filme americano" e merece apoio. Já produções feitas por empresas americanas, mas filmadas no exterior, devem ser tributadas como importações.
Francamente, isso começa a soar como uma criação arbitrária de tarifas, sem considerar se fazem sentido prático. Estúdios americanos pagarão por não conseguirem recriar o deserto do Saara em território nacional, enquanto produções estrangeiras podem ser barradas de entrar nos EUA devido aos altos impostos. Quem sabe, talvez o Oscar em breve se torne um evento exclusivamente doméstico.
De qualquer forma, a estrutura atual de ondas permite interpretar que a correção de baixa chegou ao fim. Assim, podemos esperar mais valorização do euro e enfraquecimento do dólar. Acompanhar esse cenário se tornou, no mínimo, fascinante. E fica a pergunta: qual será a próxima tarifa que Trump vai inventar?
Com base na minha análise do par EUR/USD, concluo que ele continua a formar um segmento de tendência de alta. No curto prazo, a estrutura das ondas dependerá inteiramente da postura e das ações do presidente dos Estados Unidos — um fator que deve ser constantemente levado em consideração.
Inicialmente, com base apenas no padrão das ondas, eu esperava uma correção em três movimentos dentro da onda 2. No entanto, essa correção já foi concluída e assumiu a forma de uma única onda. A terceira onda da tendência de alta já começou e seus alvos podem se estender até a região de 1,25. A possibilidade de alcançar esses níveis depende diretamente das decisões de Trump.
Neste momento, tudo indica que a subonda 2 dentro da onda 3 está se aproximando do fim. Por isso, considero apropriado buscar oportunidades de compra com alvos acima da marca de 1,1572, que corresponde ao nível de 423,6% na escala de Fibonacci.
Em uma escala de ondas mais ampla, a estrutura também se transformou em uma formação de alta. Isso sugere a possibilidade de uma tendência de valorização de longo prazo. No entanto, o fluxo de notícias — especialmente declarações e medidas diretas de Donald Trump — pode, mais uma vez, reverter completamente esse cenário.
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