A estrutura de ondas para o GBP/USD continua indicando a formação de uma sequência de ondas impulsivas de alta. O padrão de ondas é praticamente idêntico ao do EUR/USD, pois o único "motor" permanece sendo o dólar americano. A demanda pelo dólar está diminuindo em todo o mercado no médio prazo, de modo que muitos instrumentos apresentam dinâmicas quase idênticas. Atualmente, a formação da suposta onda 5 pode ser observada, dentro da qual as ondas 1 e 2 já foram completadas. A estrutura das ondas não deixa dúvidas quanto ao seu desenho técnico.
É importante lembrar que grande parte do que ocorre no mercado de câmbio agora depende das políticas de Donald Trump, e não apenas das comerciais. Ocasionalmente, surgem notícias positivas nos EUA, mas o mercado continua ciente da constante incerteza na economia, das decisões e declarações contraditórias de Trump e da postura protecionista da Casa Branca. Além disso, há preocupação com a flexibilização do Fed, que agora é motivada por fatores além do enfraquecimento do mercado de trabalho.
O par GBP/USD subiu 50 pontos-base entre terça e quarta-feira, o que não representa um movimento expressivo. O noticiário desses dois dias não justificaria, isoladamente, uma apreciação maior da libra, mas abre perspectivas adicionais para a moeda. Isso ocorre porque o Banco da Inglaterra pausou o ciclo de flexibilização monetária. Assim, a principal questão é: por quanto tempo essa pausa irá durar? A resposta dependerá do estado da economia, do mercado de trabalho, do desemprego e da inflação. A economia do Reino Unido cresce em ritmo modesto há vários anos, e o Parlamento britânico parece não esperar mais do que isso. A taxa de desemprego está em alta, assim como a inflação. Com base nesse cenário, é possível supor que, ao longo do próximo ano a um ano e meio, o Banco da Inglaterra continuará equilibrando-se entre dois extremos, assim como o Fed.
O Reino Unido não possui um relatório equivalente às folhas de pagamento não-agrícola (NFP), então o mercado de trabalho é avaliado apenas pela taxa de desemprego e pelos relatórios sobre variação de empregos. A taxa de desemprego aumentou 0,7% no último ano, enquanto a inflação mais que dobrou. É possível afirmar que o Índice de Preços ao Consumidor preocupa mais os dirigentes do Banco da Inglaterra do que o desemprego. Assim, espera-se que os esforços estejam voltados para impedir que o índice ultrapasse 4%, e não deve haver cortes nas taxas de juros pelo Banco da Inglaterra ainda este ano.
Ao mesmo tempo, o Fed pode reduzir a taxa nas três reuniões restantes de 2025, mantendo o dólar em posição notavelmente fraca. Por isso, o potencial de valorização da libra é, se não enorme, pelo menos bastante significativo. A inflação no Reino Unido em agosto não aumentou, mas também não desacelerou, o que pode ser considerado positivo para a libra.
O padrão de ondas do GBP/USD permanece inalterado, indicando que estamos diante de uma seção impulsiva de alta da tendência. Apesar da política de Donald Trump ainda poder gerar choques e reversões capazes de afetar a estrutura das ondas, o cenário de trabalho atual permanece intacto. Os alvos dessa seção de alta estão próximos do nível de Fibonacci de 261,8%, e espera-se a continuação do crescimento dentro da onda 3 de 5, com objetivo em 1,4017.
Embora a onda 4 tenha ultrapassado o máximo da onda 1, a estrutura de ondas em maior escala ainda se mostra quase perfeita. Convém lembrar, entretanto, que padrões de ondas perfeitos existem apenas nos manuais; na prática, o mercado é muito mais complexo. Dessa forma, considerando o comportamento atual do GBP/USD, não há motivos para avaliar cenários alternativos ou realizar ajustes no momento.
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