O dólar norte-americano ganhou força em meio à ausência de estatísticas do mercado de trabalho. As preocupações de que a paralisação do governo e a suspensão das operações federais atrasariam a divulgação de dados fundamentais se confirmaram. Ontem, o relatório semanal de pedidos de auxílio-desemprego não foi publicado e, hoje, dificilmente veremos os números de desemprego e de criação de vagas fora do setor agrícola referentes a setembro.
Esse atraso adiciona uma dose extra de incerteza aos mercados financeiros. Investidores e analistas ficam privados de informações cruciais sobre o mercado de trabalho, indispensáveis para avaliar as condições atuais da economia e projetar sua trajetória. Em geral, esses indicadores servem como base para decisões de investimento e ajustes de estratégia.
Austan Goolsbee, presidente do Federal Reserve de Chicago, afirmou que novos dados da instituição indicam que o mercado de trabalho permanece estável, o que fortaleceu o dólar, já que é improvável que os traders tenham acesso a outras estatísticas no curto prazo.
"Acho que isso indica uma certa estabilidade no mercado de trabalho, e acredito que a economia subjacente ainda está crescendo de forma relativamente constante", disse Goolsbee em entrevista na quinta-feira.
As autoridades do Fed continuam divididas sobre até que ponto ainda devem reduzir as taxas de juros este ano: alguns estão mais preocupados com a fraqueza do mercado de trabalho, enquanto outros mantêm o foco na inflação elevada. As projeções divulgadas após a última reunião de política monetária mostraram que os dirigentes esperam mais dois cortes de juros em 2025.
Goolsbee acrescentou que, na ausência de estatísticas oficiais do governo durante a paralisação, os dirigentes podem recorrer a fontes alternativas de dados, citando uma análise do Fed de Chicago que sugere que a taxa de desemprego em setembro provavelmente permaneceu inalterada. Ele reiterou que cortes mais significativos só poderão ocorrer se houver confiança de que a inflação está de fato retornando à meta de 2% do Fed.
Panorama técnico do EUR/USD
Os compradores precisam levar o par acima de 1,1745. Apenas nesse cenário será possível um teste de 1,1790. A partir daí, o par poderia avançar até 1,1820, embora isso seja difícil sem o suporte dos grandes participantes do mercado. O alvo mais distante é a máxima de 1,1845. Em caso de queda, espera-se forte atividade compradora cerca de 1,1710. Se não houver compradores consistentes nesse nível, o ideal é aguardar um novo teste do fundo em 1,1680 ou considerar posições compradas a partir de 1,1650.
Panorama técnico do GBP/USD
Os compradores precisam romper a resistência imediata em 1,3450. Somente após esse rompimento será possível uma movimentação em direção a 1,3500, embora a continuidade do avanço seja bastante desafiadora. O alvo mais distante está em 1,3555. Em caso de recuo, os vendedores tentarão retomar o controle em 1,3400. Se tiverem sucesso, a perda desse nível causará impacto significativo nas posições compradas e poderá empurrar o GBP/USD para o fundo em 1,3365, com chance de estender a queda até 1,3325.
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