O padrão de ondas no gráfico de 4 horas do EUR/USD permanece inalterado há vários meses. O segmento de tendência de alta segue em desenvolvimento, enquanto o cenário de notícias tem, em grande parte, desfavorecido o dólar norte-americano. A guerra comercial iniciada por Donald Trump tinha como objetivo aumentar as receitas orçamentárias e eliminar o déficit comercial. No entanto, essas metas ainda não foram atingidas: os acordos comerciais estão sendo firmados com dificuldade, e a chamada "Grande Lei Única" de Trump deve elevar a dívida pública dos EUA em 3 trilhões de dólares nos próximos anos. O mercado tem adotado uma postura bastante crítica em relação ao desempenho de Trump nos primeiros seis meses de mandato, e suas ações continuam sendo vistas como uma ameaça à estabilidade e ao bem-estar dos Estados Unidos.

Atualmente, o par está formando a onda 4 dentro da onda 3, que pode assumir a forma de uma correção em três ondas. Caso esse cenário se confirme, a estrutura corretiva poderá ser concluída em breve. No entanto, o pano de fundo noticioso continuará a desempenhar um papel crucial na definição dessa estrutura. Se a moeda norte-americana encontrar suporte, a correção poderá se prolongar.

Na quarta-feira, o EUR/USD recuou entre 80 e 100 pontos-base, movimento que, mais uma vez, teve fundamentos sólidos. Ainda hoje, serão divulgados os resultados da quinta reunião do FOMC deste ano. No entanto, antes disso, já foram publicados os relatórios do PIB do segundo trimestre tanto da zona do euro quanto dos EUA — oferecendo ao mercado motivos adicionais para favorecer o dólar. Começando pela Alemanha, o PIB recuou 0,1%. Embora o dado tenha vindo em linha com as expectativas, ele evidencia a desaceleração da maior economia europeia. A zona do euro como um todo registrou crescimento de 0,1%, superando as previsões, mas ainda bem abaixo dos 0,6% registrados no trimestre anterior.

A verdadeira surpresa veio na segunda metade do dia: o relatório do PIB dos EUA revelou que a economia cresceu 3% no segundo trimestre — bem acima das estimativas mais otimistas, que apontavam para um avanço entre 2,4% e 2,5% no comparativo trimestral.

Com base nesses dados, concluo que os relatórios europeus foram bastante fracos, enquanto os indicadores norte-americanos se mostraram excepcionalmente fortes. Apesar da alta probabilidade de aumento da inflação nos EUA devido às políticas de Trump, é evidente que a economia voltou a crescer em ritmo acelerado, em grande parte impulsionada por sua estratégia comercial. Destaco ainda o relatório de empregos da ADP, que apontou a criação de 104 mil vagas em julho — número que superou com folga a expectativa de 75 mil.

Dessa forma, praticamente todos os dados divulgados até agora favorecem os compradores do dólar. A atual queda do EUR/USD está plenamente alinhada com o pano de fundo noticioso e com a estrutura de ondas. Mantenho o padrão de ondas atual, que projeta o desenvolvimento da onda de impulso 5 em breve.

Principais conclusões:

Com base na análise do EUR/USD, concluo que o par continua a formar um segmento de tendência ascendente. A estrutura da onda ainda depende inteiramente do contexto noticioso — particularmente das decisões de Trump e da política externa dos EUA. Este segmento de tendência poderá atingir o nível 1,25. Portanto, continuo a ver oportunidades de compra visando chegar em 1,1875 (o nível de Fibonacci de 161,8%) e acima. A conclusão da onda 4 pode ocorrer nos próximos dias, portanto, nesta semana, os traders devem estar atentos a novas oportunidades de compra, acompanhando de perto as notícias.

Princípios fundamentais da minha análise

1. As estruturas das ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de negociar e muitas vezes sofrem alterações.
2. Se você não tiver certeza sobre o que está acontecendo no mercado, é melhor nem entrar.
3. Nunca há 100% de certeza na direção do mercado. Sempre use ordens de Stop Loss de proteção.
4. A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.