A situação das ondas tornou-se altista. A última onda de baixa não quebrou a mínima anterior, enquanto a nova onda de alta rompeu a máxima anterior. Assim, a tendência é oficialmente de alta neste momento. O pano de fundo fundamental para a libra vinha fraco nas últimas semanas, mas os ursos já haviam precificado totalmente esse cenário — e, por outro lado, o contexto fundamental nos EUA também deixa muito a desejar.

O noticiário de quarta-feira ofereceu forte suporte aos touros e à libra britânica. O principal evento do dia foi a publicação antecipada — duas horas antes do previsto — do orçamento do Reino Unido para o próximo ano fiscal. Isso pegou a libra no meio de uma "tempestade de eventos" mais cedo do que os traders esperavam. Em resumo: muitos impostos serão aumentados. E mesmo aqueles que não subirão explicitamente acabarão subindo de forma indireta (como o imposto de renda). Assim, o governo britânico encontrou uma forma de tapar o "buraco orçamentário" e até operar com superávit. Londres planeja arrecadar mais de £30 bilhões por ano com os aumentos de impostos. Ao elevar a carga tributária, o governo criou um colchão de segurança de £21,7 bilhões.

Os mercados reagiram positivamente à resolução da questão fiscal. O rendimento dos títulos de 10 anos caiu para 4,45%, e a libra avançou cerca de 100 pips. Vale destacar que, nas últimas semanas, a libra vinha caindo justamente devido às expectativas em torno do novo orçamento e do aumento de impostos. Como esse fator já estava totalmente precificado no momento da divulgação, a única direção restante para a libra era para cima.

No gráfico de 4 horas, o par consolidou-se acima do canal de tendência de baixa e acima do nível 1,3118-1,3140. Assim, o movimento de alta pode continuar em direção ao nível 1,3339, e os touros podem começar a formar uma tendência. Não há divergências hoje em nenhum indicador. Uma recuperação das cotações de 1,3339 favorecerá o dólar e uma ligeira queda no par.

Relatório de Compromissos dos Traders (COT):

O sentimento da categoria de traders "Não comerciais" tornou-se mais altista na última semana de relatórios — embora os dados ainda se refiram ao período de 7 de outubro, portanto com cerca de um mês e meio de defasagem. O número de posições de compras aumentou em 13.871, enquanto as posições de vendas cresceram em 9.453. A diferença entre posições de compras e vendas ficou praticamente equilibrada: cerca de 94.000 contra 98.000.

Na minha avaliação, a libra ainda parece menos arriscada do que o dólar. No curto prazo, a moeda americana tem recebido certa demanda no mercado, mas considero isso temporário. As políticas de Donald Trump enfraqueceram significativamente o mercado de trabalho, e a Reserva Federal está sendo forçado a afrouxar a política monetária para conter o avanço do desemprego e estimular a criação de empregos.

Assim, mesmo que o Banco da Inglaterra venha a cortar a taxa mais uma vez, o FOMC provavelmente continuará o ciclo de flexibilização ao longo de 2026. O dólar já sofreu um enfraquecimento acentuado em 2025 — e 2026 pode não ser muito diferente.

Calendário de notícias para os EUA e o Reino Unido:

Em 27 de novembro, o calendário econômico não contém entradas significativas. O contexto das notícias não influenciará o sentimento do mercado na quinta-feira.

Dicas para negociar o GBP/USD e previsão:

É possível vender o par hoje se as cotações se recuperarem do nível 1,3294 no gráfico horário, com alvos em 1,3240 e 1,3214. A compra poderia ter sido aberta ontem, após o preço se consolidar acima de 1,3214, com alvos em 1,3240 e 1,3294, ou após uma recuperação do nível 1,3119-1,3139 com os mesmos alvos. Hoje, as posições de compra podem ser mantidas abertas até que o preço feche abaixo de 1,3240.

As grades de Fibonacci são formadas de 1,3470–1,3010 no gráfico horário e de 1,3431–1,2104 no gráfico de 4 horas.