Recentemente a moeda europeia tem se mostrado bastante confiante, algo que pode ser parcialmente atribuído à postura de espera adotada pelos representantes do Banco Central Europeu (BCE).
Boris Vujcic, membro do Conselho do BCE, reiterou recentemente sua opinião de que a política monetária atual está em um nível adequado. Ele acrescentou que o BCE cumpriu seu papel ao reduzir a inflação para a meta sem provocar uma recessão.
A declaração de Boris Vujčić ocorreu em meio a preocupações crescentes sobre a sustentabilidade do crescimento econômico na zona do euro. Apesar do avanço no controle da inflação, muitos analistas alertam contra uma complacência prematura, destacando os riscos persistentes associados à instabilidade geopolítica e à crise energética.
Em particular, especialistas observam que a queda recente da inflação tem sido impulsionada principalmente pela redução dos preços de energia, enquanto a inflação subjacente — que exclui componentes voláteis — permanece relativamente elevada. Isso indica que as pressões inflacionárias podem retornar caso ocorra uma nova crise energética ou um aumento abrupto da demanda do consumidor.
Além disso, a política monetária restritiva do Banco Central Europeu (BCE) tem afetado negativamente a atividade de investimento e o crescimento econômico, elevando os custos de empréstimo para empresas e famílias — o que, por sua vez, contribui para uma desaceleração mais ampla da economia. Agora, com a inflação se aproximando da meta de 2%, o BCE enfrenta a difícil tarefa de equilibrar o combate às pressões de preços com a necessidade de apoiar o crescimento.
As declarações do dirigente croata, feitas durante um evento em Miami, vieram uma semana após o BCE manter as taxas de juros inalteradas pela terceira reunião consecutiva, demonstrando satisfação com o fato de que a política monetária atual tem sido eficaz em conter a inflação sem exercer pressão excessiva sobre a atividade econômica.
Com a inflação próxima da meta e o PIB do terceiro trimestre superando as expectativas, os economistas não esperam mudanças iminentes na taxa de depósito, que já foi reduzida oito vezes neste ciclo — de 4% para 2%.
Ainda assim, a reunião final de política monetária do ano, em dezembro, deve oferecer uma visão mais clara da trajetória futura da inflação, quando o BCE atualizar suas projeções trimestrais. No entanto, alguns dirigentes do banco central continuam preocupados de que as novas estimativas possam divergir das expectativas atuais para os próximos três anos.
Vujčić também chamou atenção para os riscos estruturais enfrentados pela economia europeia — incluindo a fragilidade fiscal de alguns governos da zona do euro e os sinais de superavaliação de ativos nos mercados financeiros.
Perspectiva Técnica para o EUR/USD
Os compradores precisam romper a resistência imediata em 1,1570 para confirmar o impulso de alta. A partir desse ponto, o próximo alvo seria 1,1590, com possibilidade de estender o movimento até 1,1610, embora sem o apoio dos grandes players esse avanço possa se mostrar limitado. O alvo mais distante situa-se no topo de 1,1636. Em caso de recuo, espera-se forte interesse comprador na região de 1,1545. Caso esse nível não se sustente, o preço pode buscar 1,1520, ou mesmo 1,1490, onde posições de compras voltariam a parecer mais atraentes.
Perspectiva Técnica para o GBP/USD
No caso da libra, os compradores precisam retomar o controle da resistência em 1,3150. Somente acima desse patamar será possível mirar 1,3180, embora um rompimento sustentado seja considerado difícil. O alvo mais distante permanece em 1,3215. Se o movimento for de baixa, os vendedores tentarão reassumir o controle em 1,3135. Um rompimento abaixo dessa faixa representaria um duro revés para os touros, podendo levar o par a testar 1,3095 e, em seguida, 1,3056.
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